domingo, dezembro 24, 2006

Caso Capeta


Presidente do CAM Esclarece e Põe Um ponto final no Caso Capeta

Domingo, 24 de Dezembro de 2006

Tendo em vista o escândalo envolvendo o Atleta Capeta e os ditos e contra-ditos deste caso, o Presidente do CAM decidiu esclarecer toda a verdade sobre este assunto que o mesmo qualifica como objecto de anti-desportivesmo.

" Fomos contactados por um agente chamado Jorge, cuja alcunha é J, que se dizia representante de uma empresa espanhola de agenciamento de atetas, chamada Atlântico Sport, sediada em Lugo na Espanha. Apareciam ainda como colaboradores desta empresa, dois advogados de Braga, Dr Lázaro e seu estagiário, que pelo que me foi dito pelo jogador era quem estaria responsável por qualquer tranzação de transferencias que pudessem ocorrer com o mesmo, devido a um contrato que teria sido assinado oportunamente entre o nosso atleta Capeta e esta empresa acima citada.

Neste contacto telefónico, o empresário colocou a questão de haver interesse do Celta de Vigo em contratar Capeta e perguntou da nossa disponibilidade em negociaresta tranzação.

é claro que sendo uma equipa da divisão ouro espanhola, apesar de não estarmos a pensar em negociá-lo neste momento, pensamos que seria uma boa oportunidade para o atleta e que talvez esta transferencia pudesse até vir a dar um bom suporte financeiro a precária situação financeira que o CAM atravessa. Sendo assim a Direcção do Clube bem como a equipe técnica, resolveu liberar o atleta em qustão para um teste proposto pelo empresário em Vigo, para uma melhor apreciação do mesmo.

Foi marcado um encontro na segunda feira dia 18/12 pela manhã na porta de minha casa onde após conhecer pessoalmente J, o representante da agéncia Atlántico Sport, foi entregue o atleta à responsablidade do mesmo agentenas seguintes condições:

O teste deveria ser feito no pavilhão do Celta de Vigo e somente para esta equipa espanhola durante a segunda, terça e quarta feira desta mesma semana
O nosso atleta, deveria estar de regresso a Mogadouro para o treino coletivo da equipa do CAM na quinta feira dia 21 até as 19 horas,hora do referido treino
A Agencia seria responsável pelo transporte, alimentação e alojamento de Capeta durante todo o período 'desde aquele momento, até o regresso do mesmo ao nosso pavilhão.
Em nenhuma hipótese o nosso atleta deveria ser apresentado a outra equipa sem antes ser comunicado à nossa direcção. Foi citado pelo agente, sobre um possível interesse da Fundação Jorge Antunes, que foi prontamente bloqueada a possibilidade por mim, como presidente do Clube,ainda explicando que se houvesse interesse desta equipa, que ela poderia aprecia-lo num próximo confronto entre o CAM e eles na próxima eliminatória da Taça dePortugal que será no próximo dia 30 de Dezembro.
Dadas as condições, e aceite por todos os envolvidos, o atleta partiu rumo a Vigo. Qual a nossa surpresa quando na terça feira a noite, estavamos a ser informados por contactos pessoais, de que Capeta já nao estaria em Vigo, mas sim a treinar para testes exactamente na equipa em que foi antecipadamente falada quanto a proibição desta acção.

Além disso o Atleta não compareceu ao Pavilhão de treinos do CAM na quinta feira, para o treino conjunto como combinado.

Verificada esta atitude considerada muito grave pela direcção em unanimidade, foram feitos vários contactos com o empresário e com Capeta, que insistiam em negar que o mesmo teria ido a treino na FJA, mesmo depois de termos a confirmação de que o atleta teria feito em 2 dias, 3 treinos na Fundação Jorge Antunes, aliás confirmado via telefone com a direcção do Clube de Vizela durante a tarde de quinta feira.

Contactada a Associação de Futebol de Bragança, depois de esplanada a situação e qualificada pelo presidente da mesma como grave e anti-desportista, sugeriu que fosse feito um relatório minuncioso à Associação e que posteriormente seria encaminhado à FPF, e que levásse-mos o caso para a imprensa, pois situações como esta não podem se repetir no desporto.

Não foi preciso comunicar nada a imprensa, porque ainda na mesma tarde fui contactado pelo Norte desportivo, e depois de ler a entrevista publicada surpreendeu-me muito negativamente as declarações do entrevistado por parte da Fundação J. Antunes, quando tambem resolveu não admitir publicamente que teria aceitada a proposta do empresário em levar Capeta a teste naquele clube.

Em suma:

O Atleta como adulto que é e vinculado ao CAM, é responsável e deve respeito e lealdade às exigencias da direcção, agindo assim com total desacato a autoridade dos directores do Clube. Nunca poderia ter aceitado esta solicitação feita por este empresário, que como é óbvio, visa o bom negócio financeiro que dali poderia advir. Da mesma forma deveria ter acatado a ordem de se apresentar no dia e hora marcada para o coletivo, o que tambem não aconteceu. Por isso, e por decisão geral e imediata da direcção do CAM, o Atleta Vinícios Lira (Capeta) está suspenso por tempo indeterminado de todos os treinos e jogos deste campeonato, até que a Direcção ache conveniente suspender esta penalização.

A Empresa Atlántico Sport, através de seus representantes, traíram gravemente a confiança da Direcção do CAM, ao tomarem por livre arbítrio, a decisão de entregar ao nosso próximo adversário, um atleta do nosso plantel. Esta traição é agravada por ser uma atitude anti-desportista, aní-ética, anti-profissional e com consequências danosas para o bom relacionamento do atleta com o Clube e danosa tambem sobre o ponto de vista de desestabilização de toda uma equipa e nos possiveis resultados de jogos advindos desta atitude.

A Fundação Jorge Antunes, surpreende-me pelas informações dadas á mprena e com teor falso de que o nosso atleta, não teria treinado lá, quando esta confirmaçã foi dada pelo próprio Atleta e finalmente assumida pelos empresários, na noite de quinta feira em Mogadouro, em reunião com membros da Direcção do CAM, quando lá foram se desculpar pelo acontecido. Se fosse ao contrário, certamente que a estas horas não estariam contentes, até porque a pouco tempo atrás, um episódio similar, onde referia apendas contactos e assedios dos jogadores deles, ficaram muito chateados, e com razão. Mas com certesa nós, caso isto acontecesse, teríamos a sencibilidade ética, sabendo da procedencia do atleta, de contactar o clube dele para ter certeza das circunstancias que levevam o atleta a estar ali a ser proposto por um empresário.

É de se lamentar que coisas como estas acontençam no futsal,quando na verdade, deveriam ser evitadas, até mesmo pelo próprio conceito harmónico do desporto em sí. Prega-se um fair-play que na minha opinião deve ser levado muito além das quatro linhas. E sendo assim devemos todos nós tomar as medidas necessárias para culpabilizar, penalizar e extinguir atitudes que contrariem a ética e moral desportiva."

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